
O porque que o nosso ECOCLUBE de GODOY MOREIRA recebeu o nome de DOROTHY STANG.
Em homenagen irmã Dorothy Stang, 73 anos, assassinada com seis
tiros no município de Anapu, no estado do Pará, em 2005. A
missionária americana naturalizada brasileira, da congregação
das irmãs de Notre Dame de Namur trabalhava em defesa das
causas ambientais, agrárias e de direitos humanos.
Três dos cinco acusados pelo assassinato já foram condenados
mas os mandantes do crime continuam soltos. A Justiça aguarda
a apreciação de um recurso do fazendeiro Regivaldo Galvão, o
Taradão, para marcar o julgamento. O do fazendeiro Vitalmiro
Bastos de Moura, o Bida, está agendado para abril.
O episódio é o reflexo da Amazônia que sofre com assassinatos, grilagem
de terras, trabalho escravo e destruição. Apesar de ser um caso de
repercussão mundial a violência no campo não tem fim. Crimes
praticados por madeireiros e fazendeiros que têm seus interesses
econômicos ameaçados ainda são registrados. Diante dessa situação,
entidades e movimentos sociais instituíram o dia 12 de fevereiro como
um dia de luta em defesa da Amazônia e contra a impunidade.
Para marcar a data várias atividades de homenagem foram organizadas
pelos movimentos sociais. Pela manhã foi realizada uma celebração
ecumênica. No período da tarde uma comissão dos movimentos
sociais deve apresentar para a governadora Ana Júlia Carepa um
documento sobre a situação no campo após a morte de Dorothy.
Quem foi Dorothy Stang
Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dórote
(Dayton, 7 de junho de 1931 — Anapu 12 de fevereiro de 2005)
foi uma freira norte-americana naturalizada brasileira.
Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa
fundada em 1804 por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin
de Bourdon (1756-1838). Esta congregação católica internacional
reúne mais de duas mil mulheres que realizam trabalho pastoral nos cinco
continentes.
Ingressou na vida religiosa 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza,
castidade e obediência – em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em
escolas da congregação: St. Victor School (Calumet City, Illinois), St. Alexander
School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).
Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado
do Maranhão.
Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto
aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e
missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de
reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da
Transamazônia. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos
fundiários na região.
Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará. A sua
participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou
as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no
Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando
reconhecimento nacional e internacional.
A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua
fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e
a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da
Transamazônica, no Pará. Defensora de uma reforma agrária justa
e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de
diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca
de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e
à exploração da terra na Região Amazônica.
Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos,
Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação
de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a
pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.
Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar
intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: «Não vou fugir
e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos
no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor
numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.
(secção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos.
Att: Edmilson Sousa (Vice-Presidente)
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